Simpósio 11 – PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO: GESTOS DE LEITURAS

PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO: GESTOS DE LEITURAS

Coordenadores: Romilda Meira de Souza Barbosa (CRE/12 – SED/MS); Marlon Leal Rodrigues (UEMS)

Modalidade: à distância

Plataforma: Google Meet

Link para acesso: https://meet.google.com/sfk-ivfa-ata

Data: 31 de agosto de 2023

Horário de MS: 21:00hs – 23:00hs

Horário de Brasília: 22:00hs – 24:00hs

Resumo:

A relação entre a mulher, a bicicleta e o ciclismo têm sido abordada, na Sociologia, pela constituição das novas dimensões que marcaram a mudança social na transição dos séculos XIX e XX. Numa arena de disputas e relações de poder, o ciclismo feminino dividiu opiniões na sociedade e sua prática não foi consensual, sob as rédeas dos discursos da moral cristã e da medicina, (MELO; SCHETINO, 2009). Ao traçar o panorama da mulher no ciclismo, observou-se escassez de trabalhos que tratem desta temática no campo dos estudos da linguagem. Nesta vertente, propõe-se gestos de leitura de um objeto que seja o dizer do sujeito mulher, por meio do qual se possa entrever e, ao menos, problematizar as formas de representações que nele se processam. As pesquisas tem por arcabouço teórico-metodológico a transdisciplinariedade, uma vez que as disciplinas são acionadas para uma leitura discursiva-desconstrutiva dos dizeres. Neste viés, é acionada a Análise do Discurso (AD) francesa (PÊCHEUX, 1990, 1995, 1999) para analisar o enunciado em sua materialidade e historicidade, em sua na interface com a Linguística Aplicada, (CORACINI, 2007). Nessa perspectiva, a noção de desconstrução derrideana (DERRIDA, 1973, 2001) serve para elucidar o caráter polissêmico da palavra e a noção de sujeito (LACAN, 1998, 2003, 2005) abre a possibilidade de interpretações possíveis, dada a incompletude da língua(gem), do sujeito (cindido, múltiplo) e da história. A questão de pesquisa que se coloca é: quais as formas de representação dos sujeitos em seus dizeres? O objetivo geral é analisar processos de subjetivação e, em específico, descrever e interpretar as regularidades e deslocamentos quanto ao que seja ser sujeito mulher no espaço de predomínio dos homens. O corpus constitui-se de recortes discursivos extraídos de entrevistas discursivas, gravadas e transcritas. Da pesquisa, em andamento, pode-se levantar algumas (in)conclusões: o sujeito, ao dizer-se, o faz pela contradição e (des)identificação, pois diz sob a ótica dos muitos (O)outros que o constituem.

Palavras-chave: Discursos; sujeito; identidades

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